Assim, quando uma parte contrária está bem representada, um advogado pode ser um defensor zeloso em nome de um cliente e ao mesmo tempo assumir que a justiça está a ser feita. Da mesma forma, um advogado pode ter a certeza de que a preservação da confidencialidade dos clientes serve normalmente o interesse público, porque é mais provável que as pessoas procurem aconselhamento jurídico e, assim, cumpram as suas obrigações legais, quando sabem que as suas comunicações serão privadas.
Na natureza da prática jurídica, entretanto, são encontradas responsabilidades conflitantes. Praticamente todos os problemas éticos difíceis surgem do conflito entre as responsabilidades de um advogado para com os clientes, para com o sistema jurídico e o próprio interesse do advogado em permanecer uma pessoa ética e ao mesmo tempo ganhar uma vida satisfatória. As Regras de Conduta Profissional prescrevem frequentemente termos para a resolução de tais conflitos. No entanto, no âmbito destas Regras, podem surgir muitas questões difíceis de discrição profissional. Tais questões devem ser resolvidas através do exercício de um julgamento profissional e moral sensível, guiado pelos princípios básicos subjacentes às Regras. Estes princípios incluem a obrigação do advogado de proteger e defender zelosamente os interesses legítimos do cliente, dentro dos limites da lei, mantendo ao mesmo tempo uma atitude profissional, cortês e civil para com todas as pessoas envolvidas no sistema jurídico.